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segunda-feira, março 05, 2012

"Comparação e Competitividade" Por Katia Deutner

Comparar filhos gêmeos estimula a competitividade

Sabe aquela história de vestir filhos gêmeos com roupas iguais e querer que ambos se comportem da mesma maneira? Os pais deveriam esquecê-la. Embora nascidos no mesmo dia, cada criança tem a sua personalidade. Segundo especialistas, comparar as crianças ou elogiar uma apontando o erro da outra são os piores erros na educação de gêmeos.

"Comparações sempre existirão, mas é importante que os pais fiquem atentos para que não sejam frequentes ou provoquem demérito pelo que um dos filhos não fez ou por suas dificuldades. Os filhos tem qualidades diferentes que podem ser usadas como modelo. O grande problema é quando os pais massacram um deles, comparando-o com o outro, principalmente em momentos de conflitos ou de raiva", diz a psicóloga Ana Canosa.

Apontar um favorito ainda pode gerar um sentimento de exclusão, agregar poucos valores à educação e criar rivalidades desnecessárias. "No futuro, compromete a autoestima, a relação entre os irmãos e a cria estereótipos que limitam o desenvolvimento pleno", afirma Blenda de Oliveira, psicoterapeuta de adolescentes e crianças. "Cada um tem a sua maneira de ser e a certa não existe. Os sentimentos negativos tendem a aumentar. Há uma grande chance de a criança que sempre está sendo comparada se sentir sem valor no futuro, criando uma ideia de que, só sendo igual ao irmão, é possível ser querido", diz a psicóloga e psicopedagoga Ana Cássia Maturano.

Além de não conseguir formar a sua própria personalidade, a criança exposta frequentemente a comparações ainda não consegue reconhecer as qualidades dela e passa a se sentir fracassada, justamente pela falta de crença que tem em relação a si mesma. "Sem contar que pode se tornar uma pessoa invejosa, pois nada do que tem é bom. Claro que este é um resultado de uma situação extrema e depende também da maneira como cada um reage frente a essas comparações", diz Ana Maturano.

Mas o que os pais podem fazer ao perceber que estão fazendo comparações em demasia? "O casal precisa ter liberdade para conversar e mostrar o prejuízo que está sendo gerado para a criança. Se o pai ou a mãe não conseguem ter essa espontaneidade, de falar com o cônjuge sobre assuntos cruciais relacionados ao bem-estar dos filhos, acredito que as comparações estão sendo feitas para sinalizar uma crise maior no relacionamento conjugal", explica Blenda.  
Por Katia Deutner / UOL

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