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sexta-feira, março 30, 2012

"Luiza e Manuela" Por Paola Ghelare Mastrichi

“Nosso filho João Luiz sempre nos pedia um irmãozinho. Queria alguém para brincar, cuidar e se divertir. Em julho de 2010, quando o ele estava com três anos, e após eu ter parado de tomar anticoncepcional há um ano e meio, descobri que estava grávida.

Ficamos todos muito felizes e empolgados. Na primeira USG, minha mãe (Jurema) foi comigo, e quando o médico me perguntou se havia casos de gêmeos na família, eu já fiquei apavorada. Daí ele disse que eram dois bebês. Minha mãe me abraçou, me beijou, chorou junto comigo.

Fiquei em estado de choque, sem saber o que falar, eu ria e chorava ao mesmo tempo. Liguei pro meu marido (Emanuel) e ele chorou de emoção. Minha mãe abraçava as pessoas na rua e dizia que iria ser avó de gêmeos. No 3º mês de gestação o médico já afirmou que eram duas meninas.

Sinto que esta gestação mexeu com todos os meus familiares. Todos estavam muito ansiosos com esta novidade, já que na minha família era o primeiro caso gemelar. Na família do meu marido, já havia alguns casos, mas somente há umas gerações atrás. Vieram tantas dúvidas na minha cabeça... Será que vou dar conta? Como vou amamentá-las ao mesmo tempo? Como vou colocar mais dois berços no quarto do João? E milhares de outras perguntas.

Mas tudo foi se ajeitando. Até que quando eu estava no 5º mês de gestação, a minha mãe teve uma parada cardíaca, em virtude de um aneurisma cerebral, e no 3º dia que estava em coma, na UTI, ela faleceu. Para mim, a minha vida tinha acabado ali, junto com a dela. Nunca tinha imaginado passar por uma tristeza tão grande, ainda mais neste momento da minha vida.

Afinal, ela era a minha maior companheira, a minha melhor amiga. Até hoje não compreendo a razão disto ter acontecido, mas quem sabe das coisas é somente Deus. O tempo foi passando e eu sentia que tinha que ser forte. Não podia me entregar, nem ficar deprimida. Afinal, tinha meu filho, meu marido, meu pai, meu irmão e minhas meninas que estavam para chegar. Foi um momento de muita união em nossa família.Então fui preparando o enxoval, arrumando o quartinho deles e o médico marcou a cesariana com 38 semanas.

Nasceram enfim, as minhas princesas Luiza e Manuela, idênticas, perfeitas e lindas. Nasceu com elas uma nova luz no meu coração e eu voltei a sorrir. Difícil explicar o sentimento de amamentar dois bebês ao mesmo tempo. De acalmar, de ninar, de alimentar, de ficar observando elas dormirem. Foi emocionante quando elas se olharam pela primeira vez e sorriram uma para a outra. Sinto-me abençoada por Deus.

Elas completarão 1 ano no próximo dia 04 de abril. Elas são as bonequinhas do João Luiz, que me pedia tanto para dar um irmãozinho, que acabou ganhando duas. Ele cuida, dá mamadeira, ajuda, ensina e o mais maravilhoso de tudo, dá pra ver na troca de olhares entre os três, o amor.

Não é nada fácil criar três filhos. Educar, ensinar, tentar guiar pelo caminho certo, é uma tarefa das mais difíceis. E com certeza, o que motiva a mim e ao meu marido, é o amor. Nesses 13 anos que estamos juntos, esta é a melhor fase, pois estamos nos sentindo realizados com esta família linda que Deus nos deu”

Paola Ghelare Mastrichi  
pa.mastrichi@hotmail.com

Praia Grande / SP

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