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quarta-feira, março 07, 2012

O reencontro de Gillian Shaw e Lily Leod

Uma das histórias que mais me chamou a atenção na matéria de Peter Miller para a Revista National Geographic, foi a das gêmeas que nasceram na China, Gillian Shaw e Lily Leod, (hoje com 12 anos) que foram adotadas ainda bebês por dois casais do Canadá - um caso raro de gêmeos criados separadamente.

O casal Kirk e Allyson MacLeod adotaram Lily foram para casa em Keswick, no norte de Toronto. O casal Mike e Lynette Shaw adotaram Gillian e a levaram para Amherstburg, perto de Windsor, onde moram.

Quando foi confirmado que eram gêmeas, depois de um teste de DNA, os pais prometeram cria-las como irmãs. Um caso raro e fascinante que para a Ciência, Lily e Gillian são um tesouro científico. Allyson encontrou em contato com Nancy Segal – uma especialista renomada em estudos sobre gêmeos em Minnesota (EUA) que também tem um irmão gêmeo.

Nancy havia encontrado uma série de múltiplos incomuns ao longo dos anos. Mas, gêmeos idênticos criados separadamente, foi inédito. A partir daí, o desenvolvimento delas foi foco de uma pesquisa valiosa.

No final dos anos 1970, O Centro de Pesquisa de Gêmeos Adotados de Minnesota começou a estudar o que era então uma nova categoria de múltiplos - os gêmeos que foram separados no nascimento, adotados por famílias diferentes e que se reencontraram na fase adulta.

Talvez o mais famoso par de gêmeos idênticos estudados foram Jim Springer e Jim Lewis (foto acima). Aos 39 anos se reencontraram e descobriram que além de gêmeos, também tinham recebido o mesmo nome.

A história deles é recheada de coincidências e foi considerada um impressionante marco pelo Dr. Thomas Bouchard’s do Centro de Pesquisa de Minnesota. O estudo abalou a comunidade científica, demonstrando, através de uma série de características, que os gêmeos criados separadamente são tão semelhantes como gêmeos criados juntos.

Agora, as gêmeas chinesas Lily e Gillian, estão dando aos pesquisadores, pela primeira vez, a oportunidade de estudar o desenvolvimento distantes delas, em tempo real – desde a infância, e se tudo correr bem, até a idade adulta.

Nancy Segal, hoje professora de psicologia da Universidade Estadual da Califórnia, encontrou cerca de 15 pares de gêmeos adotados por famílias diferentes. A maioria, meninas chinesas.

Os pesquisadores atribuem este fenômeno a política chinesa do filho único, que levou ao abandono de milhares de bebês do sexo feminino. Embora seja, oficialmente proibido na China, separar irmãos no processo de adoção, o caso de Lily e Gillian prova que na prática isso não acontece.

"O mais importante laço afetivo, provavelmente seja o relacionamento entre gêmeos. Por isso é fundamental que eles cresçam juntos” finaliza Nancy Segal.

Por Amy Dempsey / The Spec / Foto: Carlos Osório

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