Por que existem gêmeos idênticos e gêmeos diferentes?
A explicação começa na fecundação. Os seres humanos começam a se formar quando um óvulo (célula especializada em reprodução só encontrada nas mulheres) é fertilizado por um espermatozoide (outra célula especializada em reprodução encontrada apenas nos homens) Cada uma dessas células especializadas em reprodução, assim como qualquer outra célula do nosso corpo, traz uma receita chamada DNA.
Apesar dessas receitas serem completas, são necessárias duas versões combinadas (a do óvulo e a do espermatozoide) para que uma nova célula tenha origem, se multiplique e forme um novo indivíduo. Logo, esse novo ser terá características da mãe e do pai.
Mas e os gêmeos? Pois bem, nem sempre o corpo da mulher libera apenas um óvulo para ser fertilizado. Às vezes, ele libera dois óvulos. Assim, originam-se dois seres diferentes, porque dois óvulos diferentes foram fertilizados por dois espermatozoides distintos, chamados gêmeos bivitelinos ou fraternos.
Os gêmeos idênticos acontecem quando a mulher libera um único óvulo, que por vez é fecundado por um único espermatozoide e essa célula se multiplica, formando um aglomerado de células que, por um evento raro, pode se separar em dois grupos diferentes que continuarão a se multiplicar.
Assim, esses dois grupos de células, resultam em dois novos seres que tem o mesmo DNA, isto é, seres univitelinos. Mas pergunte aos pais de gêmeos idênticos se eles não conseguem diferenciar bem os seus filhos, não só fisicamente, mas também pelo comportamento. Essas diferenças existem por que nem todas as nossas características estão no DNA. Há também as influências do meio ambiente. (Fonte: Pensar Ciências)
Artigo de Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira, Centro de Estudos do Genoma Humano, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo / Foto Ilustrativa.
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