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segunda-feira, maio 14, 2012

Mãe funda ONG para crianças especiais (MG)

Liliane Martins fechou uma escola particular para fundar uma ONG especializada na educação de crianças especiais. 

Em 2000 a pedagoga Liliane Martins deu à luz ao casal de gêmeos Júlia Martins e Artur Martins. Desde então, rotina dela começou mudar e quando os bebês tinham um ano e meio, foram diagnosticados com paralisia cerebral.

Liliane que mantinha uma escola infantil particular fechou as portas para fundar uma Organização Não Governamental (ONG), a Associação Brasileira Reabilitação e Alfabetização de Crianças Especiais (Abrace). A ONG funciona em Uberaba, no Triângulo Mineiro, há dez anos e atende 60 crianças.

“Quando fiquei sabendo do diagnóstico dos meus filhos quis fazer de tudo para cuidar deles e os manter perto de mim. Como sou pedagoga logo me preocupei com a alfabetização. Já havia recebido pedidos de mães que queriam matricular os filhos especiais na minha escola particular, mas temia não conseguir atender às necessidades deles.

No entanto, quando vivi essa realidade me propus a enfrentar o medo para ter meus filhos por perto sem deixar minha carreira de lado. Dessa forma decidi fundar a ONG”, explicou Liliane. A pedagoga disse que o início da fundação da Abrace não foi fácil e o preconceito foi muito grande.

Apesar de não ter o mesmo retorno financeiro de quando tinha escola, Liliane afirmou que além de mãe também é uma profissional realizada. “Manter a escola particular sem dúvidas era mais cômodo, mas poder contribuir com uma educação de qualidade para meus filhos é inigualável.

Com tantas realizações a pedagoga ainda sonha em ver a ONG caminhar por conta própria, oferecendo aulas nos dois turnos. "O prédio da escola é particular e sei que não vou viver para sempre. O meu desejo seria um prédio próprio que abrigasse mais salas, para que dessa forma mais alunos possam ser atendidos", observou.

Enquanto isso não acontece, ela trabalha na profissionalização da equipe de professores. “Desde que comecei a Abrace me preocupei em fazer especializações para melhor atender as crianças. Então fiz um curso de neuropsicologia e quinzenalmente me reúno com as professoras para estudarmos livros e artigos que nos ajudam a atender as necessidades dos alunos”, finalizou.

Por Mariaurea Machado / G1

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