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quarta-feira, maio 02, 2012

"Maria Lívia, Maria Luíza e Heitor" Por Jane de Almeida

“Quando os nossos trigêmeos nasceram ficamos muito felizes. Todos acima de um quilo e meio. A Luíza com 1.670g a Lívia com 2.075g e o Heitor com 1.730g.

No dia seguinte, ficamos sabendo que a Lívia corria sério risco de vida. Meu chão abriu. Eu não queria acreditar naquilo. Ela nasceu com membrana hialina, teve pneumonia ainda dentro do útero e estava com o pulmão prematuro. Eu me perguntava o porquê já que ela era a mais pesada. Com passar dos dias os médicos começaram a nos preparar para o pior.

Por duas vezes, ela teve parada cardíaca e respiratória, pneumonia, infecção hospitalar, fez transfusão de sangue e tomou duas doses de sufactante. Voltar pra casa sem nenhum deles foi terrível. Os outros dois tiveram infecção hospitalar. A Lívia criou uma dependência muito grande do oxigênio e chegou a ultima fase de antibiótico e nada de melhorar.

Mesmo diante daquele quadro, tive uma fé tão grande que me deu certeza que ela sobreviveria. Não sei explicar, foi uma fé que nunca tinha sentido antes. Enquanto todos os médicos e a família queriam me preparar para aceitar o pior, eu contagiava a todos com a minha fé. Eu sempre falava que a minha intercessora era muito forte, que Nossa Senhora Aparecida já estava intercedendo por mim.

Finalmente, depois de 33 dias a mesma pediatra que estava presente no meu parto me entregou Lívia aos prantos dizendo: "Eu vi e assisti um milagre, estou te entregando um milagre que nem a medicina explica!". Assim, tivemos alta.

Todos em casa me lembro de momentos que hoje me fazem rir. Eu e meu esposo ficávamos a noite com uma lanterna olhando os lábios dos três para ver se a saturação estava caindo. Eu ficava: "Amor, a boquinha dela está roxa, a dele não". Colocava o dedo no nariz e dizia: "Ela está respirando!"

Hoje acho graça, mas na época foi bem difícil, pois nunca tivemos babá. Eu lembro, também, que como eu só dava peito sem complemento, aos três meses eu já estava exausta. Então, resolvi dar de mamar na rede pensando ‘Se eu adormecer e o bebê cair, cairá dentro da rede e não no chão’ E comecei a fazer isso. Numa bela noite meu esposo acordou e me viu na rede com um pacotinho balançando e ninando.

Ele disse que pensou: “Puxa, acordou um e a Jane não me chamou, vou olhar os outros dois". Quando chegou ao quarto, os três estavam dormindo no berço. Então, ele pensou "Eita, quem ela está ninando?!" Eu, no meu cansaço, acho que sem querer escutei um choro fiz um pacotinho com o edredom e fui ninar. Hoje me divirto lembrando de tudo isso. São muitas histórias, não dá pra contar.

Sou muito feliz e agradeço a Deus por ter passado por tudo e hoje estarmos bem! E aos meus filhos: Maria Eduarda e os trigêmeos Maria Lívia, Maria Luíza e Heitor, eu só tenho a agradecer por terem me escolhido como mãe. Eles são tudo que eu mais tenho de precioso! Amo vocês!!”

Jane de Almeida e Marcio Cleber dos Santos 

Cidade Ocidental / GO

2 comentários:

  1. E eu tenho um orgulho imensoooooooooo de ser tia desses 4 sersinhos que eu amo de paixãããoooo! Beijos meus amores morro de saudades de vocês!!!...
    Tia Brenda

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  2. Meus amores lindos da tia, que saudade!
    Tenho um orgulho enorme dessa família linda, dessa grande mulher, que é minha mana Jane, e desse grande homem, que é meu cunhado Márcio. Pais exemplares, amorosos, cuidadosos, presentes e muito fortes. Merecedores de muito mais alegrias que ainda estão por vir. Pessoas de muita fé, que driblam as dificuldades sem perder o otimismo e a alegria de viver, com um grande sorriso no rosto. Que sabem valorizar cada momento presente, com muita esperança e a fé que tudo vai valer a pena, e vai, e como vai, já está valendo. Obrigada pelos quatro sobrinhos lindos que nos deram. Que Deus os abençoe sempre!
    Beijo grande. Amo muito vocês!

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