Gêmeos nasceram a mais de 1000 km de distância um do outro!
Um caso curioso chamou a atenção dos médicos e da população da cidade de Aripuanã, no Matro Grosso no dia 12 de junho de 1978. Na ocasião, a dona de casa Noemia Silva Ladislau, casada com Francisco Ladislau de Castro Sobrinho, grávida de gêmeos idênticos, deu à luz aos bebês em cidades diferentes e com 10 horas de diferença entre um nascimento e outro.
Até o dia do parto, a mãe não sabia que esperava gêmeos. Após dar a luz em sua casa no município de Aripuanã, com ajuda da parteira Dona Albertina, continuou com fortes dores e foi encaminhada ao posto de saúde municipal, mas devido às reclamações, a paciente teve que ser encaminhada para Cuiabá, por ser a cidade mais próxima e com recursos.
O primeiro bebê que nasceu em Aripuanã de parto normal, ficou aos cuidados de familiares e ganhou o nome de Antonio Damito Ladislau de Castro. O outro bebê que veio ao mundo 10 horas mais tarde na Santa Casa de Cuiabá, 1.030 km de Aripuanã, é Francisco Damito Ladislau de Castro.
"Até o dia em que entrei em trabalho de parto, nunca tinha ouvido falar que era possível gêmeos nascerem dessa forma, como aconteceu com meus filhos. No cartório, eles só foram registrados em 1985, para poderem estudar e o escrivão não sabia como registrá-los como irmãos gêmeos" relata a mãe.
Noemia revela ainda, que quando estava na capital internada, uma enfermeira sabendo de sua origem humilde e da situação desfavorecida, pediu que a mesma lhe desse o bebê para criar, “expliquei que ele tinha outro irmão nascido no mesmo dia e que não gostaria de ver um longe do outro”.
"Jamais permitiria a separação dos meus filhos, meu amor por eles era grande e redobrou sabendo que eram gêmeos. Passei por varias dificuldades na vida, mas trabalhei sol a sol com meu marido para eles terem uma vida digna, e hoje tenho 5 filhos, e me orgulho pelo amor dado a todos eles".
O caso chamou a atenção pela grande distância entre um nascimento e outro. De acordo com o pioneiro José Correia (Zezé), isso só foi possível graças a uma aeronave Buffalo da FAB que na época prestava serviço para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e ajudou na remoção.
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