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segunda-feira, agosto 13, 2012

"A vida com meu pai era um inferno" Por Cristiane Segatto

(Roger Abdelmassih)

As revelações da bióloga Soraya e do médico Vicente, filhos de Roger Abdelmassih

Onde está Roger Abdelmassih? O Brasil inteiro gostaria de ver essa pergunta respondida. Condenado a 278 anos de prisão por crimes sexuais contra 39 pacientes, o ex-médico está foragido desde janeiro de 2011. Gostaria de saber onde ele anda, mas minha curiosidade sempre foi além.

Desde que Roger desapareceu, me perguntava como estaria vivendo a família. O que o escândalo teria provocado na vida dos filhos e dos netos? O que significa carregar o sobrenome Abdelmassih? Como é viver diante de um constante julgamento social por descender de um foragido da Justiça?

Nas últimas semanas, pude ver essas perguntas respondidas. Numa longa entrevista, a bióloga Soraya e o médico Vicente, filhos de Roger que trabalhavam com ele na clínica, declararam muito mais do que esperava ouvir. Os melhores momentos estão na edição impressa de ÉPOCA desta semana. Publico aqui outros detalhes que não estarão nas bancas.

Soraya, 44 anos, e Vicente, 43 anos, são filhos da segunda mulher de Roger. Foram criados por ele e adotados quando já eram adultos. Trabalharam para o pai ('éramos tratados como funcionários', diz Soraya) desde o tempo em que Roger tinha uma clínica modesta, apenas para tratar infertilidade masculina, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio.

A filha era secretária. Só mais tarde estudaria biologia e se tornaria uma peça central no laboratório da clínica de reprodução humana. Vicente foi o responsável por várias inovações adotadas por Roger. Eles dizem que nunca receberam o devido reconhecimento do pai.

Depois do escândalo, tentam reconstruir a carreira na clínica Embryo Fetus, do especialista em medicina fetal Sang Cha. Trabalham na Avenida Brasil, a poucos metros do casarão imponente que foi palco de um dos mais sórdidos episódios da história da medicina brasileira.

Eles dizem que metade das clientes veio da antiga clínica porque confiam neles, mas o movimento caiu expressivamente. Na clínica de Roger, faziam 100 ciclos de fertilização por mês. Agora, fazem 15. Recomeçar não está sendo fácil. Matéria de Cristiane Segatto que você pode ler na íntegra na Revista Época

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