(Ilustração de Celia Krampien)
Deixamos nossos filhos voar do Canadá para a Ásia, sozinhos.
“Neste verão, nossos filhos gêmeos de seis anos, Claire e Alexander, visitaram os avós maternos – do outro lado do mundo. Eles viajaram sozinhos por 13 horas dentro de um avião. Não foi fácil pra mim nem para minha esposa, Sue.
Decidimos que eles viajariam sozinhos, também porque são gêmeos. Nós nunca permitiriamos que eles fossem separados. Reservar as passagens aéreas foi um ‘parto’. Levou horas, porque os gêmeos tem sobrenome diferentes e cada um tem dois passaportes. (um canadense e outro sul-coreano). Claire tem sobrenome da minha esposa e Alexander tem o meu sobrenome.
O passaporte sul-coreano seria usado para entrar Coréia do Sul, onde mora a família da minha esposa e o passaporte canadense seria usado para entrarem de volta ao Canadá no final das férias. Nós moramos em Toronto.
A Coréia do Sul não permite que irmãos gêmeos tenham sobrenome diferentes. Além disso, quando a Coréia do Sul emitiu as certidões de nascimento dos nossos filhos, as datas de nascimento foram registradas no tempo coreano. Embora eles tenham nascido apenas com 3 minutos de diferença e no mesmo dia, no Canadá, um foi entregue um pouco antes da meia-noite e o outro um pouco depois.
Conclusão: Alexander tem dois passaportes com dois sobrenomes e duas datas de nascimento. Todas essas informações devem ter sido inseridas no sistema da companhia aérea – da qual eu fiz as reservas.
No dia da partida (final de junho) meus filhos foram classificados como “Menores não Acompanhados” – regra das companhias aéreas e suas bagagens foram marcadas como prioridade no desembarque. Isto é, teriam que ser as primeiras disponíveis no momento da chegada. Claire e Alexander estavam ansiosos e animados. Nos abraçaram sem paciência, porque não queriam uma despedida melancólica. No dia seguinte, eles já estavam com os avós maternos.
No final das férias, quando eles pegaram o voo de volta para Toronto, eles foram os primeiros passageiros a desembarcar. Quando perguntamos como tinha sido a viagem, eles responderam “boa” e pediram para tomar um sorvete. Nossos gêmeos se tornaram viajantes experientes, independentes e adoraram o tratamento especial" Por Thomas Klassen / The Globe and Mail
Nenhum comentário:
Postar um comentário