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quarta-feira, outubro 31, 2012

As escritoras Mônica e Monique Sperandio

As gêmeas idênticas Mônica e Monique Sperandio, com apenas 17 anos, já cursam universidade e também se dedicam à carreira de escritoras.

Com dois livros finalizados, o primeiro "O Diário de uma Adolescente Mascarada", guardado no acervo pessoal, e o segundo "Sete Vidas" (Editora Underworld), lançado no ano passado, as irmãs curitibanas leem em média 90 livros por ano e ainda tem tempo para outras atividades.

O SaraivaConteúdo entrevistou as irmãs Sperandio e descobriu curiosidades sobre seus gostos e a paixão pela leitura. Confira um trecho da entrevista abaixo:

Como surgiu a ideia de escrever uma obra em conjunto e como surgiu a inspiração?

Mônica. Gostamos muito de ler e de escrever, daí vem a necessidade de registrar tudo o que nos marca ou que podemos usar para criar histórias paralelas. Escrever o livro Sete Vidas foi uma tarefa árdua, pois nem sempre concordávamos com as ideias uma da outra e, na maioria das vezes, acabávamos discutindo sobre isso. Mas, no fim, sempre chegamos a um acordo que melhor direcionasse a história.

Monique. A inspiração de escrever em conjunto surgiu depois que nós duas sonhamos, por diversas noites e ao mesmo tempo, com água. Ficamos quase uma semana sonhando com lagos, rios, mares e piscinas. E como estávamos querendo uma ideia nova para escrever um livro, isso serviu como uma luva. Depois, ao aprimorarmos melhor nossa proposta, pensamos em misturar mitologia egípcia e poderes sobrenaturais aos personagens, o que se encaixou perfeitamente na história.

Vocês pretendem continuar a escrever em dupla? Como é feita a divisão na hora de escrever?

Mônica. Sim! Pretendemos seguir escrevendo juntas sim, pois sozinhas não tem graça. Ainda tem a vantagem de se uma de nós tiver algum tipo de bloqueio, trocamos de lugar e a outra completa o que ficou em branco ou com um buraco. Somos cúmplices em tudo. Ainda, não paramos de produzir nunca, mesmo que seja em um caderno ou papel velho. Não consigo me ver longe da profissão de escritora ao lado da minha irmã. As nossas ideias parecem como pipoca, onde os milhos ficam o tempo todo cutucando a panela. É assim que acontece conosco. As inspirações ficam nos incomodando até que as colocamos em um papel, para depois usá-las.

Monique. E sobre o processo de divisão na hora de escrever, procuramos sempre (antes de começarmos um livro) nos reunir para discutir sobre quem vai escrever o quê. Normalmente, o livro é dividido em cenas, e cada uma escreve uma ou um capítulo inteiro. Depois, a outra sempre revisa e, se achar que precisa, acrescenta ou retira algo que seja desnecessário. É muito legal, pois expomos nossas propostas, que, na maioria das vezes, geram polêmicas positivas ou não, e depois alinhamos o que queremos e descartamos o que não é interessante. A partir daí, sentamos e damos início às nossas aventuras literárias.

Como surgiu a paixão pela leitura e como vocês fazem para ler cerca de 90 títulos por ano?

Mônica. Acredito que nascemos com o dom da curiosidade e do interesse por conhecer tudo o que for possível. Somando isso ao fato de sempre estudar em um colégio muito bom e rígido, que nos deu as melhores ferramentas para que pudéssemos ter sucesso no vestibular e que incentiva os alunos para a prática da leitura diária, conseguimos desenvolver o hábito e o prazer de ler com rapidez e com compreensão total.

Monique. No colégio, nós não éramos do tipo super estudiosas, para o desespero dos nossos pais, mas sempre conseguíamos passar. Íamos muito bem em Química, Biologia, Português, História e Geografia. Matemática e Física é que era o terror. Mas, com o apoio dos professores e da literatura, conseguíamos driblar as dificuldades. Eu não fico sem ler nos momentos vagos. Sempre que posso, estou com um livro nas mãos. Adoro pesquisar e me informar.

E quais são os autores e livros que vocês mais gostam?

Monique. Adoro os textos da Tati Bernardi, que é roteirista de cinema e TV, além de escritora dos livros "A Mulher que não Prestava" e "A Menina da Árvore" entre outros. Enquanto eu leio ou escrevo, às vezes, ouço música ao mesmo tempo, o que amplia ainda mais os meus sentidos.

Mônica. Concordo com a Monique e ressalto que me inspiro muito nas obras da Meg Cabot. Entre os outros livros que indico estão: "Nick & Norah", "Jogos Vorazes" e "Cidade dos Ossos". Acho melhor parar por aqui, pois minha lista é imensa.

Como é a relação entre vocês no dia a dia?

Monique. Nossa relação é ótima! Somos muito unidas, sempre saímos juntas, temos os mesmos amigos e gostamos das mesmas coisas. É como se tivessem dividido uma alma no meio e colocado em dois corpos diferentes. Somos bem conectadas. A Mônica é um pouco mais nervosa, direta, já eu sou um pouco mais calada e guardo as coisas para mim.

Mônica. Amamos o fato de sermos iguais fisicamente. Porque, de repente, nós não nos sentimos tão sozinhas, sabemos que temos uma à outra para contar sempre que precisarmos. E é bom ter alguém que sempre irá te apoiar, não importa o que aconteça. Então só podemos dizer que temos muita, muita sorte em ter uma à outra!

Matéria de Carina Gonçalves, na íntegra em SaraivaConteúdo

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