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quarta-feira, outubro 31, 2012

Flávio e Fábio Rodrigues juntos no Enem

Inseparáveis até na hora de estudar, gêmeos de Pernambuco farão Enem pela terceira vez. Flávio vai tentar entrar em economia, enquanto Fábio quer medicina.

Para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é preciso não se intimidar com os textos e ver logo o que a questão está pedindo. A dica é dos gêmeos Flávio e Fábio Rodrigues, de 18 anos, que moram em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (PE).

Irmãos idênticos, eles estão fazendo o Enem pela terceira vez. O bom de ser irmão gêmeo é que a gente estuda junto, um tira a dúvida do outro" diz Flávio. “A gente diz, ‘faz essa questão assim’, revisa junto. A gente não se sente sozinho, é bom poder ir fazer prova junto com ele”, acrescenta Fábio.

Prova de vestibular na mesma sala, eles fizeram apenas uma vez, para a Universidade de Pernambuco. "Tinha apenas uma pessoa entre a gente", lembra Flávio. "Mas isso não quer dizer que um tenha ajudado o outro", avisa Fábio.

Neste final de semana, os locais de provas são próximos, mas em pontos diferentes do Recife. "A gente vai junto, você fica mais tranquilo. O bom de ter alguém fazendo prova junto é isso. Problema seria só se a gente quisesse o mesmo curso. Imagina um passar e o outro não? Competir com o próprio irmão?", questiona Fábio.

Quando o assunto é conseguir uma boa nota no exame, as brincadeiras são deixadas de lado. “Meus pais são daqueles que querem a gente em uma universidade pública. Eles se mataram de trabalhar a vida toda para pagar escola, cursinho para a gente. Um curso de medicina é muito caro”, diz, consciente, Fábio.

Como tem ainda uma irmã mais nova e a casa é sempre movimentada, ele vira a noite estudando. “Minha mãe diz para eu dormir cedo e acordar cedo, mas não dá certo. Eu chego da aula, janto e depois estudo até cinco, seis da manhã”, conta Fábio. “Aí ele acorda meio-dia. A gente almoça e vem para o cursinho”, explica Flávio, que também está tendo que correr com os estudos.

“As matérias específicas são diferentes, tem matemática em comum, mas tem também história e geografia. De junho para cá, estou correndo atrás”, afirma Flávio. Mais uma vez, ter um irmão fazendo prova junto está ajudando. “Ele me ajudou a pegar as coisas que eu não tinha visto. Ter o irmão junto é muito bom”, diz Flávio.

No meio de tantos livros e horas de estudo, os dois ainda arrumam tempo para namorar. “Para mim o fato de ela estar fazendo vestibular também facilita. Ela tinha passado para odontologia, mas desistiu e está fazendo prova de novo. É bom que a gente estuda junto, ela vai lá para casa, a gente faz as provas juntos”, explica Fábio.

Já a namorada de Flávio está em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, fazendo direito. A distância não o desanima. "A vida é assim mesmo", diz, tranquilo.  

Por Katherine Coutinho / G1

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