Quitéria Lima de Freitas, 32 anos, mora em Ponta Porã, mas teve que se mudar provisoriamente para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com a filha de cinco anos e o esposo por conta da gravidez de risco dos trigêmeos.
Há quase 20 dias os três meninos: Guilherme Henrique, Marco Antônio e Ruan Lucas, nasceram e permanecem internados. Marco Antônio, o que nasceu primeiro, já está no quarto com a mãe, mas os outros dois permanecem na UTI neonatal do hospital El Kadri. A preocupação imediata de Quitéria é com fraldas e roupinhas para os filhos, já que o esposo está desempregado e eles não têm parentes na Capital. Posteriormente também vai precisar de leite especial, mas o médico só vai prescrever quando os três forem para casa.
"Como são prematuros, preciso trocar a fralda deles direto pois não podem ficar nem um tempinho molhados porque tem mais risco de infecção", explica. Além disso, as três crianças possuem pouquíssimas roupinhas. Para tentar ajudar a família, a diretoria do hospital permitiu que o esposo de Quitéria almoce na unidade hospitalar, inclusive até para que não tenham mais este gasto. "O pessoal é muito bom com a gente. Como não temos condições alguma, os próprios funcionários da enfermagem estão se organizando e comprando fraldas pros meus filhos", diz.
De acordo com a servidora pública estadual, o esposo dela é de nacionalidade paraguaia e por isso não tem documentos brasileiros. De acordo com ela, isso tem impossibilitado de conseguir um emprego. Os três filhos já estão registrados e agora o casal pensa em se casar, por meio da justiça itinerante, para ver se facilita para tirar documentos no Brasil. Por Eliane Souza / Midiamax News
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