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quinta-feira, dezembro 06, 2012

Matemática com Bryan e Brendon Diniz Borck

Após ouro nas olimpíadas de matemática, gêmeos campeões treinam para Copa

Bryan nasceu um minuto depois de Brendon há 12 anos. A família Diniz Borck mora em Porto Alegre (RS). A paixão pela matemática é compartilhada pelos gêmeos que conquistaram medalhas pelo segundo ano seguido na disputada Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) – Bryan ficou em primeiro lugar no Brasil no 1º nível (6º e 7º anos) e Brendon, em 14º.

Para se ter uma ideia do grau de dificuldade da empreitada, a Obmep reuniu 19 milhões de estudantes na primeira fase em todo o Brasil. Na segunda etapa, foram 830 mil concorrentes. Para ser medalhista de ouro, o aluno tem que alcançar uma nota superior a 75% do total da pontuação da prova na fase dois, que tem seis problemas matemáticos – ou seja, uma nota entre 84 e 120 pontos.

Alunos do Colégio Militar de Porto Alegre desde o ano passado, os gêmeos rejeitam o rótulo de gênios. “Além de quase 6 horas diárias na escola, estudamos mais três ou quatro horas em casa e dois dias da semana temos aulas de reforço”, relata Brendon. “Gosto de outras matérias também, mas a matemática deixa o cérebro melhor. É um ótimo exercício”, completa Bryan.

O resultado na Obmep em 2012 foi bastante superior ao do ano passado, quando Brendon ficou em 11º lugar no certame nacional e Bryan em 52º. As posições se inverteram, mas isso não quer dizer que haja uma competição fratricida entre eles. “Eles se ajudam muito quando surge alguma dificuldade. Há uma competição sim, mas saudável e natural” disse Tatiane, a mãe.

Os gêmeos sempre se destacaram na escola, mas quando ingressaram no Colégio Militar a vida mudou. Ambos pensam em cursar o IME (Instituto Militar de Engenharia) ou o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). Além das competições de matemática, os irmãos geralmente também vencem provas de ciências e concursos culturais.

O próximo foco, entretanto, é uma classificação para a Olimpíada Internacional de Matemática, marcada para a Colômbia em 2013. Para participar, os gêmeos precisam de um bom resultado na Olimpíada Brasileira de Matemática, que divulgará os resultados finais na segunda quinzena de dezembro.

“É a Copa do Mundo da matemática”, define Bryan. Os dois alunos acham que foram bem no processo de seleção, mas não arriscam um palpite. “Na Obmep eu achei que tinha ido mal e acabei medalhando”, diz Brendon.

Este ano, os dois estudantes participaram do Programa de Iniciação Científica (PIC) com uma bolsa júnior financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Além da bateria de aulas aos sábados – a cada duas semanas – e de mais dez encontros via internet, os irmãos também disputaram duas gincanas de matemática do programa e integraram o fórum vinculado ao programa, que oferece uma gama de problemas matemáticos complexos como forma de treinamento. E mais uma ajuda de R$ 100 mensais.

Como prêmio pelo desempenho durante o ano, que incluiu também outros testes de matemática em nível nacional, os irmãos ganharam modalidades diferentes de acesso à Preparação Especial para Competições Internacionais (Peci) – um estágio mais avançado do PIC. Brendon irá fazer uma sequência de quatro encontros presenciais em Brasília a partir de janeiro de 2013, enquanto Bryan vai realizar o mesmo curso de forma virtual.

Por Flávio Ilha / Fotos Nede Losina / UOL Educação

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