O magnata Abe Krok, controvertido criador, ao lado de seu irmão gêmeo Solly, do Museu do Apartheid, em Johanesburgo, morreu nesta semana na África do Sul, aos 83 anos de idade, informou neste domingo o jornal "Sunday Times".
Abe Krok sofria do mal de Parkinson e demência senil. Ele ficou rico ao lado de seu irmão gêmeo Solly ao montar uma indústria farmacêutica. Durante os anos do regime racista do apartheid, os irmãos fizeram fortuna com a venda de um creme para branquear a pele muito popular entre os sul-africanos negros.
Em 1990, a África do Sul proibiu este tipo de creme, já no fim do governo segregacionista imposto pela minoria branca, por seu suposto perigo à saúde. Pouco depois, os gêmeos Krok deixaram a indústria farmacêutica para se dedicar ao jogo, com a abertura de cassinos e a fundação, em Johanesburgo, do parque temático e de atrações Gold Reef City.
O lançamento nos anos 80 da máquina depiladora Epilady, que as filhas dos gêmeos se encarregavam de vender nos Estados Unidos, foi outro das grandes conquistas comerciais dos Krok. Abe Krok também tinha negócios imobiliários e hoteleiros. Apaixonado por futebol, ele foi proprietário do time Mamelodi Sundowns, da primeira divisão do campeonato da África do Sul.
Nascido em Johanesburgo em uma família judia que veio da Lituânia para a África do Sul em 1920, Abe Krok deixa seis filhos e sua esposa Rosie, além de uma fortuna estimada em cerca de cem milhões de euros, segundo a imprensa local. (Fonte: UOL)
“Apartheid” (separação) foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.
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