Translator Widget by Dicas Blogger

Quer anunciar aqui? Entre em contato: vizinhosdeutero@gmail.com

terça-feira, janeiro 08, 2013

Nascem em Goiânia as gêmeas geradas no útero da avó!

(Fernanda com o marido e a mãe grávida / Foto Flávia Mendonça)

(Pais biológicos com as gêmeas Júlia e Emanuele)


Nascem em Goiânia as gêmeas geradas no útero da avó de 52 anos!

Emanuele e Júlia nasceram por volta das 20h desta segunda-feira (07/01), em um hospital do Setor Aeroporto, em Goiânia. Conforme postado aqui, as gêmeas foram geradas no útero da avó de 52 anos e nasceram saudáveis e avó, segundo os médicos, reagiu muito bem. "É uma felicidade que não tem tamanho", descreveu emocionada, a mãe biológica das gêmeas, a funcionária pública Fernanda Medeiros.

Os médicos haviam dito que dependendo do estado de saúde, as irmãs precisariam ficar internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que não foi necessário.Os bebês se desenvolveram no útero da avó, a dona de casa Maria da Glória. Para engravidar, ela teve de voltar a menstruar e emagreceu 11 kg.

A família é de Santa Helena de Goiás e já estava na capital nos últimos dias aguardando o nascimento. A previsão para a cirurgia cesariana era para o final desta semana, quando Maria da Glória entraria na 37ª semana de gestação. A família foi pega de surpresa durante uma consulta ontem (07/01) quando o médico anunciou que o nascimento seria ontem mesmo.

Fernanda esperou pelo parto do lado de fora do centro cirúrgico. Emocionada, ela não conseguia disfarçar a ansiedade. "Meus Deus, meu coração está quase parando de bater. Se nasce um bebê, nasce uma mãe. Hoje eu estou nascendo", disse, em meio a lágrimas, enquanto esperava o nascimento das filhas gêmeas.

Registro Civil - Fernanda disse que ainda não conseguiu autorização da Justiça para que ela e o marido, registrem as gêmeas em seus nomes. A advogada da família, Léa Carvalho, conversou com o G1 e explicou que " O Ministério Público autorizou que a unidade hospitalar que fizer o parto emita a declaração de Nascido Vivo no nome dos pais biológicos. Agora, falta a decisão do juiz de Santa Helena"

No entanto, a família das gêmeas reclama que não há juiz na cidade para dar o parecer. “Quando levamos o processo à juíza, ela disse que estava saindo do cargo na cidade e, por isso, não poderia analisar o processo. Depois, entrou uma juíza no plantão, mas também não fez nada alegando que o processo não foi protocolado no plantão dela. Depois, disseram que iria um juiz para a cidade, mas até agora nada”, lamentou Fernanda.

Sem a autorização, a declaração de Nascido Vivo será registrada no nome da mãe de Fernanda, dificultando assim que os pais biológicos registrem as crianças. A advogada explica que, sem os documentos no nome dos pais, as gêmeas não podem ser incluídas no plano de saúde deles, Fernanda não pode tirar licença-maternidade para cuidar das filhas.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás informou ao G1 que a presidência do Tribunal já designou um juiz para responder por Santa Helena de Goiás e que na terça-feira (8/01) ele já estará a serviço no fórum da cidade. A família espera uma decisão favorável da Justiça ainda antes da alta de Maria da Glória, que deve acontecer até (10/01).

Fernanda conta ainda que está fazendo um tratamento para tentar amamentar as filhas. No entanto, a questão da amamentação ainda não foi definida e está sendo acompanhada por uma psicóloga. Fernanda descobriu que não poderia ter filhos aos 13 anos, porque nasceu com deficiência uterina e precisou retirar o órgão após a primeira menstruação, quando teve cólicas tão fortes que a levaram para o hospital.

Fernanda se casou aos 20 anos e tentou adotar uma criança, mas não conseguiu.Em 2005, Fernanda viu na TV a história de uma sogra que gerou o neto para a nora. “Minha mãe e minha sogra se ofereceram para gerar meu filho. Fomos ao médico, eu e minha mãe, mas o doutor disse que seria muito arriscado por causa da idade dela. Então, não deu certo”, lembra Fernanda que na época também não tinha condições financeiras para bancar o procedimento.

Mesmo diante da tentativa frustrada, Fernanda não desistiu e, no início de 2011, voltou ao médico. Maria da Glória foi submetida a exames que revelaram a ótima saúde para gerar os bebês. “A primeira tentativa para a fertilização fracassou porque não ovulei muito. Mas na segunda vez ovulei bem e separamos quatro embriões bons. Dois usamos e os outros dois estão congelados”, revela Fernanda.
Por Humberta Carvalho / G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário