“Pensei que o médico estava brincando comigo”, revelou Rosane Ribeiro de Jesus, quando descobriu que estava grávida de quadrigêmeas idênticas. O caso é considerado raro pela medicina e ela recebeu a notícia depois que ela sofreu pela tristeza de perder um filho em decorrência de uma pneumonia. A gestação já está no quarto mês.
No início, até o ultrassonografista, Paulo Eduardo Nogueira, desconfiou da situação. Em 25 anos de profissão, ele jamais pensou em registrar uma gravidez assim. “Muito raro. A incidência é de aproximadamente uma gestação em 750 mil. Alguns estudos mostrando até uma em um milhão. Ou seja, é o primeiro e talvez seja o último que eu vá ver ao longo da minha carreira”, disse.
Tão grande quanto o susto dos médicos, foi a surpresa do jovem casal, Glaydston Luiz de Jesus e sua mulher Rosane. “Primeiro ele disse que eram gêmeos e eu disparei a chorar, pois era um sonho. Mas aí ele foi dizendo, três, quatro. Glaydston também não conteve a emoção. “Fiquei nervoso, alegre, feliz. Dei uma crise de sorrisos e ao invés de chorar, a emoção me fez sorrir”, relembrou.
Essa é a terceira gestação da Rosane, que está com 20 anos. O casal disse que as quadrigêmeas são a prova de que milagres existem. Em 2010 o casal perdeu o único filho por causa de uma pneumonia.
Depois da morte do menino, Rosane tentou engravidar, mas teve um aborto natural. Cinco meses mais tarde, as quadrigêmeas apareceram sem que houvesse algum tratamento. A concepção foi natural. “Esther, Helena, Vitória e Cecília são os nomes delas”, contou Rosane, dizendo que já sabe quem é quem por meio das imagens da ultrassonografia. “Vitória é a menor”, completou.
Ainda no quarto mês de gestação, a mamãe ainda não começou a preparar o enxoval. Mas o casal já ganhou vários presentes de parentes e amigos. Eles sabem que quando as quatro meninas nascerem a vida deles vai se transformar. As mudanças já começaram pelo quarto. “Nós vamos tirar todos os móveis do nosso quarto e levar para o quarto ao lado, de forma que sobre mais espaço aqui, pois agora serão quatro berços”, explicou o pai.
Toda a família se prepara para a chegada das quadrigêmeas. Segundo os avós, ajuda não vai faltar. “Os avós vão se desdobrar para estar juntos e ajudando”, contou a avó materna, a operária Maria Antônia Pereira. O mesmo deve fazer a avó paterna, a funcionária pública Idelma de Jesus. “Vou estar disponível para ajudar, principalmente durante a noite, para que a mãe descanse um pouco”, concluiu. (Fonte: G1 / Foto Ilustrativa)
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