Augusto (jaqueta clara) e Henrique Labella (jaqueta escura) foram visitar a
Universidade de Michigan. As aulas começam em agosto de 2013.
(Quarto do Henrique e sua preferência pela cor preta; do lado Augusto)
Inseparáveis, gêmeos de São Paulo vão estudar na Universidade de Michigan
Os gêmeos bivitelinos Augusto e Henrique Labella – que completam 18 anos no próximo dia 17/04 - já haviam passado na USP, conforme postado aqui. Os irmãos visitaram a universidade nos EUA e se encantaram com a estrutura.
Nem a faculdade os separa. Depois de passar a vida toda estudando na mesma escola, os irmãos Labella, moradores da Zona Oeste de São Paulo, vão juntos para o Estados Unidos estudar na Universidade de Michigan. O campus, no entanto, não será o mesmo. Augusto quer cursar economia e seguir carreira na área financeira do sistema bancário. Henrique pretende se dedicar à engenharia biomédica e pesquisar a área de desenvolvimento de próteses, entre outras.
Ambos já tinham passado no vestibular da Fuvest, mas sonhavam mesmo com uma vaga em uma instituição americana. A Universidade de Michigan está em 12º lugar no ranking mundial de reputação acadêmica divulgado no início do mês de março pela instituição londrina Times Higher Education (THE).
Os irmãos visitaram a universidade e se encantaram com a estrutura dos campi. "Adorei tudo o que eu vi até agora, tenho certeza que serão os melhores anos da minha vida. As estruturas são todas lindas, parece cena de filme, lembra Hogwarts. Além disso, a universidade toma a cidade inteira, é basicamente uma cidade universitária", diz Henrique.
Augusto compartilha a empolgação. "É um paraíso acadêmico. São infinitas oportunidades e mais recursos do que eu preciso para me tornar um profissional de sucesso. É de deixar qualquer um boquiaberto e qualquer faculdade brasileira com inveja. Estou com a sensação de que fiz a escolha certa."
Augusto foi o primeiro a receber a carta de admissão de Michigan no mês de fevereiro. A notícia sobre a admissão de Henrique chegou quase um mês depois, mas ele estava tranquilo. "Sabia que quando um irmão gêmeo passa o outro também consegue. Mas também sabia que existe um delay [atraso] até porque são escolas diferentes".
Apesar de não serem univitelinos, os gêmeos são muito parecidos fisicamente e sempre causaram confusão entre amigos e professores por conta das semelhanças. Para ajudar a diferencia-los, há três anos eles tiveram uma ideia simples, engraçada e eficaz: Henrique passou a usar só camisetas da cor preta, e Augusto da cor branca. "Eu casualmente já usava bastante roupa preta, aí o Augusto passou a adotar o branco", diz Henrique. "Mas de modo geral é divertido ser gêmeo, eu aprovo e recomendo", brinca Augusto.
Os irmãos são bons amigos, os pais dizem que nunca brigaram. Também dividem a paixão por instrumentos musicais e boa música. Chegaram a tocar juntos em uma banda para um concurso de talentos na escola. Henrique toca guitarra e saxofone, e Augusto, contrabaixo, teclado e gaita. Augusto faz natação e Henrique joga basquete, e é bom no xadrez. Ambos falam inglês e espanhol, e Henrique ainda tem domínio básico de mandarim.
Para os pais dos meninos, a sensação agora é antagônica. "Estou muito orgulhosa pela conquista, mas triste em pensar na partida deles", diz a mãe Claerte Martins. "Os meninos estão realizando um grande sonho que tive o de estudar fora. Estou feliz, mas ao mesmo tempo preocupado", afirma o pai, Antonio Labella. Foto e texto de Vanessa Fajardo / G1
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