Além do sistema reprodutivo, dos órgãos genitais, o final da coluna e da medula estava unido também. Em 20 anos de cirurgia para separação o médico não tinha visto nada igual. Em São Paulo, gêmeas siamesas de 7 meses passaram por um cirurgia delicada e receberam alta, nesta terça-feira (14). Kátia Cunha da Costa precisou de toda a valentia da mulher sertaneja para enfrentar o que viria pela frente em sua segunda gravidez.
"O médico falou que era gestação gemelar e que elas eram grudadas. Eu fiquei assustada", lembra a mãe. No dia do parto outro susto: a maternidade onde ela fez o pré-natal foi interditada por causa de uma bactéria. Um médico desconhecido fez o parto. "Ele ficou aperreado porque era uma gravidez de risco. Porque eram gêmeas e eram coladas. Ele não estava me acompanhando e, assim, foi às pressas", conta.
Ana Clara e Anne Vitória sobreviveram ao parto, escaparam da estatística de mais de 80% de mortalidade entre gêmeas que nascem coladas. Kátia precisou de ajuda. "Tudo era difícil. Para dar banho, porque uma estava dormindo, a outra estava acordada. Era difícil", diz Maria da Cunha, tia das gêmeas. Em 20 anos de cirurgia para separação o médico não tinha visto nada igual.
"Foi o primeiro que foram crianças que são unidas pela parte posterior, que tem o nome de pigopadas. Estava unida toda a parte da coluna sacral e também alguns órgãos pélvicos", explica Uenis Tannuri, médico do Instituto do Coração do HC-SP.
Dr Uenis Tannuri |
Lindas meninas! Sou mãe de gêmeas e me emociono quando vejo duas meninas lindas que com a graça de Deus e do Dr. Uenis Tannuri poderão levar vida normal e independente. Parabéns a equipe médica e muita saúde e felicidades as gêmeas!
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