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terça-feira, maio 14, 2013

Deodite da Silva Prestes gerou as netas gêmeas (MT)

Avó gerou as netas Andriely e Manuely
Deodite da Silva Prestes gerou as netas.

O sonho de ser mãe se tornou realidade para a comerciante Izalete Muller da Silva, de 34 anos, após sua mãe 'emprestar' o útero e dar à luz gêmeas Andriely e Manuely da Silva, que hoje estão com um ano e cinco meses em Feliz Natal, a 538 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso.

Aos 50 anos, Deodite da Silva Prestes se ofereceu a ajudar a filha, que perdeu as duas tubas uterinas devido às complicações de uma gravidez tubária, e disse que faria de tudo de novo pela felicidade da filha. "Se fosse preciso faria de novo, pois o que uma mãe não faria para ver a felicidade dos filhos?", disse. Apesar da idade acima do recomendado para a gestação, a gravidez da mãe de Izalete foi tranquila e acompanhada de perto pelos pais biológicos. O nascimento das crianças foi marcante para a avó. "Quando as meninas nasceram não parecia verdade, sentia como se tivesse em um sonho".

A alternativa surgiu após uma tentativa frustrante de Izalete em engravidar. Ela e o marido Raimundo Alves da Silva recorreram ao procedimento da inseminação artificial e retiraram os gametas para serem fecundados in vitro. A falta de sucesso na implantação do embrião no útero, e diante da frustração da filha, a mãe se ofereceu para gerar o embrião e logo na primeira tentativa conseguiu engravidar. "Antes mesmo de confirmar a gravidez minha mãe já dizia que estava grávida e acho que toda essa motivação foi fundamental para que tudo desse certo. O único susto que tivemos durante a gravidez foi quando a bolsa de água estourou e corremos para a maternidade. As crianças nasceram em Sinop (a 503 quilômetros de Cuiabá), mas no tempo certo", contou a comerciante ao G1.

(Izalete Muller da Silva com as filhas gêmeas)

Com o nascimento das gêmeas, a família que já era grande, ficou maior ainda. Raimundo, o pai das crianças tem 4 filhos do primeiro casamento. O mais novo tem 25 anos. Para ele, a paternidade tardia é mais um desafio. "Como ele foi pai muito jovem, agora está mais maduro para viver esse momento" disse Izalete. "Ela ficou muito abalada pela perda da gravidez porque ser mãe sempre foi um sonho para ela. Em seguida, nós tentamos fazer a fertilização in vitro, mas os embriões não se fixaram no útero", contou o marido, Raimundo Alves da Silva.

Registro Civil - Em julho de 2012, os pais biológicos das gêmeas geradas no útero da avó conseguiram na Justiça o direito de fazer o registro civil das filhas. A decisão foi proferida pelo juiz da Comarca de Feliz Natal, Alexandre Meinberg Ceroy. De acordo com o advogado Juliano Berticeli, autor da ação, a gravidez da avó, por meio do método conhecido como "barriga de aluguel", é inédita, principalmente pelo fato de ter gerado gêmeas. "Ainda não há nenhuma lei específica para os casos de registro de crianças geradas em barriga de aluguel. O que há é o principio constitucional da maternidade certa, que confere o direito reconhecimento imediato apenas à mãe do bebê, o que no caso das gêmeas conferiu à avó que gerou as crianças. Somente após a ação e após a realização de exames de DNA que foi possível o registro no nome dos pais biológicos", afirmou o advogado.

Apesar de não haver legislação específica no Brasil sobre a chamada ‘barriga de aluguel’, o juiz embasou a decisão na parte que dispõem sobre a dignidade da pessoa humana. Além disso, para a decisão, o magistrado também considerou a visível afetividade entre as crianças e os pais. Ele observou ainda o fato de não haver resistência da avó que emprestou o útero atendendo ao pedido do casal. (Fonte: G1)

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