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segunda-feira, maio 20, 2013

Iara e Íris Campos, unidas na vida e nos palcos (PE)

Íris (à esquerda) tem um filho que chega a confundir a mãe com a tia, Iara.
Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press.

Conheça a história das gêmeas de Pernambuco, que de tão parecidas já dividiram até o mesmo papel no teatro!

Existem irmãos gêmeos que não gostam de ser confundidos. Preferem reforçar as diferenças e, na tentativa de separar as identidades, vivem numa briga eterna e constante. Com as atrizes e bailarinas pernambucanas Iara e Íris Campos, a extrema semelhança física sempre foi encarada com naturalidade. Caçulas de uma família com cinco irmãos, as gêmeas de 28 anos são tão unidas que até o curso de Artes Cênicas, elas fizeram juntas. "A graça é esta, poder ser igual", brinca Iara. A similaridade toma os palcos e, na arte da interpretação, traços e jeitos permitem a elas fazer de um personagem a soma de duas pessoas.

No começo de 2012, Iara lesionou o joelho nas gravações do filme Tatuagem, do diretor pernambucano Hilton Lacerda. Para o longa, deu um jeito: panos, faixas e cenas adaptadas. No teatro, recorreu ao gene. Íris foi convidada para substituí-la na peça O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas. Foram só três semanas de ensaios para que uma aprendesse os diálogos e trejeitos da outra. "Eu estava no fim da gravidez de meu filho e ficava na bilheteria do espetáculo. Chorava todos os dias vendo a história, já sabia as falas dos personagens quase de cor", recorda Íris. Clotilde entra novamente em cartaz no Teatro Arraial e a mudança entre as gêmeas permanece: Iara só estará apta a voltar a atuar no 2º semestre.

Na carreira artística, seguiram rumos paralelos. Estiveram juntas nos elencos do Grial, Galante e na Trupe Ensaia Aqui e Acolá. Atualmente, Íris é professora de dança do Sesc Santo Amaro, ensinando movimentos populares e contemporâneos a turmas de adultos e crianças. Iara se dedica ao teatro e estreia neste fim de semana a peça infanto-juvenil De Íris ao arco-íris, no Teatro Marco Camarotti, no festival Palco Giratório.

Poucas vezes elas se separaram na vida. Quando uma delas casou e saiu de casa, a outra sentiu tantas saudades que os cabelos começaram a cair. Essa fase distante durou uns dois anos. Entre os parentes, a similaridade confunde. Até mesmo o filho de Íris, Iuri, de dois anos e meio, trocava as duas quando era menor. Hoje, quando a outra tenta se passar por sua mãe, e o cobre de abraços apertados e beijinhos, ele a afasta e afirma: 'Sai, Tia Iala'.

Iara diz, no entanto, que existe pelo menos um ponto de divergência com a irmã, com quem até hoje divide o mesmo quarto, na casa da mãe, Dona Iolinda (o pai, seu Joab, mora em Palmares, onde os filhos nasceram, e vem ao Recife nos fins de semana). É o guarda-roupa. Íris, mais metódica e organizada, gosta de arrumar as roupas por cores e tipos de tecidos. Já Iara prefere ir amontoando as peças. Mas isso é apenas detalhe. Mais um traço de duas vidas irmanadas no biotipo, na história e na arte de viver em cima ou longe dos palcos. Assista no YouTube a videoreportagem de Tatiana Meira para o Diário de Pernambuco

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