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quinta-feira, maio 16, 2013

Mariana Elisabetsky e Paula Izzo, mães dos gêmeos Mia e Gael

Dizem que para ser verdadeiramente uma mãe basta ter amor no coração e estar disposta a transformar aquele pequeno ser na pessoa mais importante do universo. O Virgula Lifestyle conversou com duas mulheres que, com suas histórias de vida peculiares, readaptaram o conceito de família e encaram preconceitos e dificuldades para serem mães. Mariana Elisabetsky e Paula Izzo estão casadas e são mães dos gêmeos Gael e Mia.

Eu estava com muita vontade de ser mãe e minha pressa se dava ao fato de que as mulheres de minha família têm propensão a câncer de ovário e de mama. As chances de que eu tenha uma dessas doenças ao longo da vida é de 80%, por isso, todos os médicos sempre me recomendaram ter filhos logo para poder retirar os ovários e esvaziar as mamas o quanto antes.

Quando conheci a Paulinha, eu só pensava em engravidar, e ela, que vinha do final de seu segundo casamento (heterossexual), estava completamente desiludida com o amor. Mesmo assim resolvemos tentar. Depois de sete meses de namoro fomos morar juntas e logo depois começamos o tratamento.

Optamos por fazer fertilização in vitro usando meus óvulos e o sêmen de um doador anônimo. Na primeira tentativa, com apenas um embrião implantado, não deu certo. Na segunda, com dois embriões, engravidei de gêmeos. Além dessa felicidade, ficamos animadíssimas quando nosso médico contou que a Paula, assim como eu, teria condições de amamentar. Ela tomou remédios para estimular a produção de leite e foi muito especial poder compartilhar essa experiência com ela. Os bebês mamaram nas duas e fizemos até uma planilha no excel para organizar esse processo. Eles foram amamentados de leite materno até terem 1 ano e dois meses.

O Gael e a Mia estão registrados apenas como meus filhos, como seu eu fosse mãe solteira. Eles têm o sobrenome da Paula, mas só porque o cartório entendeu como se fosse um segundo nome das crianças. Pela lei, a Paula não tem qualquer relação com eles, infelizmente.

Não passamos por nenhum tipo de preconceito, pois vivemos em um meio muito privilegiado e de mente aberta, que é o mundo artístico (sou atriz e Paula é cenógrafa). Tivemos muita sorte, nossos pais e nossos amigos tem a cabeça aberta, nunca nos deparamos com isso de não sermos aceitas. As pessoas que não nos conhecem acabam achando que somos amigas e que cada uma tem um filho, mas quando explicamos todos tendem a achar legal a situação.

Nossos filhos estão começando a entender a situação aos poucos. Esses dias eu e a Paula estávamos no carro conversando, e o Gael, que estava sentado atrás, chamou: ‘Mamãe’. Continuamos conversando sem olhar pra ele quando ele gritou: 'Ô, duas mães!'. Olhamos imediatamente (risos). Mas no dia a dia, os dois se referem a mim como mãe e à Paula como 'mamica'. Somos uma família verdadeiramente feliz. Tuka Pereira e Marcia Garbin / Virgula Lifestyle

2 comentários:

  1. lembro dela na turma da cultura

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  2. Muito bacana a historia!
    E o mais bacana ainda,são os comentarios positivos em relaçao a essa familia,mostra que o mundo está mudando.

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