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quarta-feira, maio 22, 2013

"Parto normal ou cesárea: eis a questão" Por Grace Stelmach

"Já vou começar reiterando que não sou médica e tudo que quero compartilhar neste post são dúvidas e curiosidades normais de uma mulher que passará pelo primeiro parto em breve. Como já entrei no terceiro trimestre e o momento de dar a luz se aproxima, venho me envolvendo mais e mais com o tema: parto normal ou cesariana, o que seria melhor?

Desde o início da gestação venho conversando com a minha obstetra sobre o assunto, claro. Já disse para ela que a minha primeira opção é o parto normal, simplesmente porque me parece mais natural, já que o corpo e organismo das mulheres estão preparados para este momento. Mas sei que essa escolha não vai depender só de mim.

Uma infinidade de fatores pode interferir na hora H. As condições de saúde da mãe e do bebê em primeiro lugar; ambos precisam estar bem. A mulher precisa ter contrações ritmadas, uma condição óssea adequada e dilatação suficiente para a passagem do feto, e também ele precisa estar encaixado de cabeça para baixo e deve pesar entre 2,5 e 3,5 quilos.

Já li muito sobre os benefícios do parto normal e sei que a recuperação é muito melhor do que a de uma cesárea, que nada mais é do que uma cirurgia. Mas a medicina tem avançado justamente para dar uma mãozinha nos casos mais complicados, quando algo na natureza dá errado e sem essa ajuda da modernidade, provavelmente bebê e às vezes até a mãe não teriam chance de sobreviver ao parto pela via baixa.

O Brasil é recordista em cesarianas. E quando eu falo recordista é porque hoje em dia o número destas cirurgias chega a alarmantes 80% se comparado aos 15% recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Só para ter uma ideia do quão alto é o número de cesáreas no país, nos EUA este número é de cerca de 26%, e na França, 16%.

Alguns fatores foram decisivos para que o número de cirurgias no país alcançasse esse patamar: o parto normal pode demorar bastante para acontecer, cerca de 12 horas, e por causa da baixa remuneração aos médicos (planos de saúde e SUS), eles preferem fazer a cesárea que é uma cirurgia rápida e não compromete outras consultas ou a vida privada. Outro fator é a inexperiência de muitas equipes médicas em lidar com o parto normal em situações diferenciadas como o parto de gêmeos.

Mas trago esse assunto principalmente porque tenho conversado com mulheres da minha família e diversas amigas e escuto opiniões bem diferentes sobre cada tipo de parto. Algumas passaram por ambas as experiências e dizem preferir cesariana, porque foi mais tranquilo e apesar da recuperação ter sido um pouco mais demorada, o parto foi indolor.

Gente, muitas mulheres têm sim medo de entrar em trabalho de parto! Apesar de desde sempre a mulher ter dado à luz, o medo da dor e das contrações por horas seguidas, levam muitas mulheres a marcar com o médico a data e a hora em que o seu filho vai nascer. Isso é correto? O nascimento não deveria ser algo mais divino, sublime, o momento certo que o bebê deve vir ao mundo?

Por outro lado, já ouvi histórias de mulheres que ficaram em trabalho de parto por tanto tempo, mais de 30 horas (por falta de dilatação) que o bebê acabou sofrendo dentro do útero e na hora de sair. Isso é correto? Precisamos sofrer tanto para termos os nossos filhos? E eles também precisam sofrer? Por que? Quem disse? Nesse caso, não deveria ser obrigação do médico optar por uma cesariana, mesmo contra a vontade dos pais? Não é mais importante preservar a saúde de mãe e filho?

Apesar da proximidade do meu parto, devo confessar que ainda estou cheia de dúvidas e que torço bastante para que o meu bebê dê um sinal de que chegou a sua hora de vir ao mundo. A partir daí, vou deixar 'nas mãos' de Deus' e da minha experiente obstetra, quero que ele passe por essa primeira experiência da forma menos traumática possível, porque convenhamos, deixar o útero quentinho da mamãe para encarar uma sala fria, iluminada e com um monte de gente estranha falando coisas que não entendemos, não deve ser bolinho...Ser mãe de primeira viagem é encarar as dúvidas e enfrentar o novo com coragem, mas com sensatez. Até a próxima!" Grace Stelmach / Yahoo Mulher

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