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sexta-feira, setembro 20, 2013

Waldick Soriano foi pai de gêmeos em 1966

Filhos gêmeos de Waldick Soriano
O ícone da música popular brasileira, Eurípedes Waldick Soriano, nasceu em Caetité (Bahia), dia 13 de maio de 1933. Filho de Manuel Sebastião Soriano, Waldick foi abandonado pela mãe - fato marcante de sua infância. Na sua cidade natal, o cantor sempre foi tratado com certo menosprezo. Aristocrática, Caetité mantinha apenas nas camadas mais populares uma fiel admiração. Lá, ele foi pai de um casal de gêmeos, de forma quase despercebida, em 1966. Em meados da década de 90, porém, a cidade teve num político o resgate do filho ilustre.

Em Caetité viveu sua juventude, sempre boêmia, até um incidente num clube local, que o fez buscar o destino fora da cidade. Desde muito novo era um inveterado namorador e aventureiro e, seguindo o caminho de muitos sertanejos, foi tentar a vida em São Paulo. Antes de ingressar na carreira artística, trabalhou como lavrador, engraxate e garimpeiro. Apesar das dificuldades, conseguiu se tornar conhecido nos anos 50 com a música "Quem és tu?". Ele se destacava por suas canções sobre dor-de-cotovelo e seu visual revolucionário para a época: sempre usava roupas negras e óculos escuros.

Seu maior sucesso foi "Eu não sou cachorro não", que foi regravada em inglês macarrônico por Falcão. Também se tornaram conhecidas outras músicas suas, tais como "Paixão de um Homem", "A Carta", "A Dama de Vermelho" e "Se Eu Morresse Amanhã". A posição quase marginal que o ritmo 'cafona' ocupou mereceu uma análise mais acurada e científica, já na 5ª edição, pelo historiador e jornalista Paulo César de Araújo. Intitulado "Eu não sou cachorro, não - Música popular cafona e ditadura militar", a obra traz, já em seu título, uma referência a este cantor e sua música de maior sucesso. Ali o autor contesta, de forma veemente, o papel de adesista ao regime de exceção implantado a ferro e fogo no Brasil pelos militares, por parte dos músicos 'bregas'. Waldick, segundo ele, é um dos exemplos, tendo sua música "Tortura de Amor" censurada em 1974, quando foi por ele reeditada. Apesar de ser uma composição de 1962, o regime não tolerava que se falasse a palavra 'tortura'...

Patricia Pillar e Waldick Soriano
Em 2007, Patrícia Pillar dirigiu um documentário sobre o cantor, 'Waldick, Sempre no Meu Coração'. Em 2006, Waldick foi diagnosticado um câncer de próstata. Em 4 de setembro de 2008, ele faleceu no Instituto Nacional do Câncer (Inca), em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro.

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