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sexta-feira, março 05, 2010

Mengele criou a 'cidade dos gêmeos' Cândido Godói

O médico Josef Mengele, cuja missão no regime de Adolf Hitler era criar uma raça superior, teria chegado a Cândido Godói em 1963, onde se ofereceu para tratar de gestantes e lhes dar drogas experimentais.

Depois de sua chegada, segundo o livro de um historiador argentino, a média de nascimento de gêmeos é de um a cada cinco partos – quase todos loiros e de olhos azuis. O regime nazista de Adolf Hitler tinha como uma de suas maiores ambições criarem uma raça “pura”, ariana, para se tornar predominante na Alemanha.

Essa missão foi confiada ao médico Josef Mengele, conhecido como 'Anjo da Morte' por escolher quais presos em campos de concentração seriam executados ou serviriam de cobaias para seus estudos. Não se tinha conhecimento de que alguma de suas experiências genéticas tivesse sido levada até o fim.

Mas o caso de Cândido Godói, no Rio Grande do Sul, por onde ele passou nos anos 1960, pode mudar essa história. No livro Mengele, o Anjo da Morte na América do Sul, o historiador argentino Jorge Camarasa diz que o médico alemão é o responsável pela alta incidência de gêmeos no pequeno município gaúcho – uma ocorrência a cada cinco partos.

Na maioria dos casos, as crianças nascem loiras e de olhos azuis, modelo considerado ideal por Hitler. Por muitos anos, pesquisadores tentaram entender por que Cândido Godói, de apenas 6,6 mil habitantes, registra uma taxa de nascimento gemelar tão elevada – uma gestação a cada 80.

Camarasa diz que o primeiro casal de gêmeos da cidade nasceu em 1963, justamente o ano dos primeiros relatos da passagem de Mengele por aquela região. O médico fugiu da Alemanha logo após a Segunda Guerra Mundial e passou a viver clandestinamente na América do Sul.

Depois de viver em uma colônia alemã no Paraguai, passou a fazer viagens constantes a Cândido Godói, também uma comunidade fundada por descendentes de alemães, perto da fronteira com a Argentina. “Há testemunhas de que ele fez o tratamento de algumas grávidas, acompanhou as gestações e deu a elas novos tipos de drogas”, diz o historiador.

No início, ele se apresentou como veterinário e até fez alguns experimentos de inseminação artificial em vacas, mas depois se tornou uma espécie de médico rural. Mengele morreu no Brasil, em 1979, sem ter sido julgado por seus crimes cometidos durante o nazismo. (Fonte: Revista Época)

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