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quinta-feira, fevereiro 23, 2012

"Multiparidade" Por Dr.Edson Borges

O nascimento de gêmeos aumentou bastante nos últimos anos. Tanto em gestações naturais, quanto em tratamentos de fertilização assistida. Quando analisados somente os partos decorrentes de tratamentos de infertilidade, essa proporção é alterada radicalmente para um em cada quatro ou cinco.

"Além do fator hereditário, as chances de um nascimento múltiplo aumentam de acordo com a raça (é mais comum entre negros do que entre hispânicos ou asiáticos) ou quando a mãe já passou dos 35 ou 40 anos. Mas a principal incidência de gêmeos ocorre ainda nos tratamentos de fertilização. Como o nascimento de múltiplos pode representar um risco maior para a mãe e para os bebês, temos recorrido – quando possível – à transferência de um único embrião selecionado. As taxas de sucesso costumam atingir até 30% e cerca de 15% dos casais ainda obtêm embriões para congelamento", diz Edson Borges, especialista em Reprodução Humana.

Na opinião dele, evitar a multiparidade não é apenas uma indicação médica, mas, principalmente, uma obrigação ética e moral para com os casais em tratamento. O primeiro país a adotar a transferência única foi Finlândia, seguida pela Suécia. Mas foi a Bélgica, através de um projeto governamental, que referendou a transferência de um único embrião nos dois primeiros ciclos de fertilização de pacientes com menos de 35 anos de idade.

"A medida foi tão bem aceita, que hoje em praticamente toda a Europa a transferência única é empregada. Além de garantir mais saúde à mãe e ao bebê, para o Governo é muito mais barato cobrir os custos de mais ciclos de fertilização do que manter bebês prematuros nas UTIs, sem contar as complicações decorrentes da prematuridade"

No Brasil, assim como nos Estados Unidos, embora o sucesso dos tratamentos de fertilização in vitro tenha aumentado, ainda preocupa muito o nascimento de múltiplos. Estudos indicam que mulheres que optam pela transferência de um único embrião selecionado tem cinco vezes mais chances de dar à luz uma criança saudável do que aquelas que recorrem à implantação de mais embriões.

Outro dado relevante é que em mais de 80% dos casos a transferência selecionada reduz a prematuridade e todos os desdobramentos para a saúde do bebê. "Ter sucesso não é ajudar o casal a engravidar, mas contribuir para que o casal consiga ter um bebê sadio depois dos nove meses de gestação", diz Borges. (Via @incorporativa)

Fonte: Dr. Edson Borges, especialista em Reprodução Humana, diretor-científico do Fertility – Centro de Fertilização Assistida (SP) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

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