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sexta-feira, julho 05, 2013

Como um espelho: Erika e Emilia Nystrom

Erika e Emilia Nystrom repetem até acessórios para confundir rivais. As jogadoras finlandesas usam tática para tentar enganar a marcação adversária.

Todas as duplas entram em quadra com uma estratégia traçada: em quem começar sacando, como marcar um ou outro adversário... Os planos podem mudar ao longo da partida, mas, quando as rivais se tratam das gêmeas Emilia e Erika Nystrom a necessidade de improvisar pode surgir mais cedo do que se imagina. Apesar de os tops identificarem cada uma das irmãs, as duas usam o mesmo penteado e os mesmos acessórios para acentuar a semelhança. Tudo para tentar confundir ainda mais as oponentes durante os ralis.

Emilia é a responsável pelo bloqueio, e Erika, pela defesa. Mas quando o time adversário saca, as duas se alternam na entrada e na saída de rede (lados esquerdo e direito da quadra) com frequência, tentando enganar a marcação. "Costumamos usar este artifício o tempo todo. Nos ralis, elas (adversárias) já não sabem quem é quem, e isto nos ajuda muito. Fazemos muito rápido para elas não entenderem o que houve, esquecer o que pensaram sobre o jeito de marcar. Usamos como se fosse mesmo uma técnica, e temos que usar ao máximo a nosso favor" disse Erika.

Nascidas em Muurame, Erika e Emilia descobriram o vôlei de praia no Ensino Médio. Mas, como uma quadra de areia coberta era um luxo ao qual não tinham acesso, e o inverno finlandês é curto, decidiram se mudar para a Grécia para treinarem o ano inteiro. Em 2001, estrearam no Circuito Mundial. Mesmo sem nenhum pódio em torneio de grande porte, sustentam a parceria familiar por mais de uma década.

Neste período de convivência com jogadoras de outros países, as irmãs aprenderam a admirar o voleibol brasileiro. Mesmo com a eliminação de Talita e Taiana, consideradas favoritas ao título do Mundial da Polônia, as gêmeas ainda acreditam que o pódio terá representantes da seleção verde e amarela. No entanto, revelam que gostariam de rever a dupla mais vitoriosa do país nos últimos anos.

"As jogadoras brasileiras têm muita habilidade e muito conhecimento do jogo, então acho que seguem bem cotadas mesmo assim (com a eliminação de Talita e Taiana). As novas atletas são boas e treinam bastante. Mas sentimos falta de Juliana aqui, tanto pela jogadora que é quanto pela personalidade. Sentimos falta da Larissa também" contou Emilia.

Parece que a estratégia das gêmeas finlandesas tem dado certo. Classificadas em primeiro lugar no Grupo B, com duas vitórias em três jogos, inclusive sobre as chinesas Xu e Zhang Xi, quartas colocadas nas Olimpíadas de Londres 2012, Erika e Emilia já estão garantidas nas oitavas de final. Nesta quinta-feira, elas venceram as cazaques Mashkova e Tsimbalova por 2 sets a 0 e agora encaram as americanas Fendrick e Hochevar por uma vaga nas quartas de final.

Helena Rebello, direto de Stare Jablonki, Polônia / Sport TV

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